Terminou no domingo, 15/05, o torneio em que a Federação Mineira insiste em chamar de Campeonato. Um torneio com apenas 12 participantes, turno único, classificando os 04 primeiros. A classificacação do América de Teófilo Otoni (em que pese o empenho da cidade, com participação dos torcedores e a imprensa, com 04 emissoras transmitindo os jogos), foi um exemplo de que algo precisa ser mudado. O América-TO nos 03 últimos jogos sofreu 20 gols e marcou apenas três. Mais uma vez árbitros de fora vieram para a festa. Os nossos apitadores, talvez, por culpa deles, participaram da construção do prédio, contrução dos elevadores, mas, quando o prédio ficou pronto, não puderam entrar nem pela área de serviço.
Me fez lembrar de uma música de um mineiro da cidade de Rodeiro, Zé Geraldo, "Cidadão"
"Ta vendo aquele edifício moço ?..."
O jogo Atlético e América foi uma torre de babel com os 04 árbitros, todos de estados diferentes, nenhum de Minas.
Seria pelos erros que cometem em prol dos grandes?
- E o gol mal-anulado do América-TO, contra o Cruzeiro, na fase de classificação?
- E o penalti contra o América-MG, em Sete Lagoas, mas que o goleiro pegou?
- E o América e Cruzeiro em Varginha?
- Porque o Alício Pena Júnior apita poucos jogos dos grandes. Seria pelo rigor dele na aplicação dos cartões, sem olhar a cor e o peso da camisa?
Confesso que não sei quem pode explicar essas questões.
No campeonato (ou seria torneio?) já tivemos no passado uma frase atribuída aos Perrelas de que é um "campeonato rural". Também foi atribuída aos Perrelas, mais recentemente, uma comparação, pejorativa por sinal, de que "a sala de troféus do Atlético é igual às praias capixabas, só tem mineiro" numa alusão ao maior número de títulos do rival.
Essas piadas são ótimas, ótimas para o torcedor, mas para o dirigente....
Na final, um eliminado da Libertadores pelo Once Caldas e o outro eliminado pelo rebaixado Grêmio Prudente na Copa do Brasil, só restou o título do "rural". Os especialistas afirmam que foi o título do "rural" que garantiu o emprego do treinador.
De de 29 janeiro a 17 de abril, período da primeira fase, pouco mais de 70 dias, 08 times realizaram apenas 11 jogos, 05 cinco deles só voltam às atividades em 2012.
O contrato mínimo de um atleta é de 90 dias.
Com esse número reduzido de participantes, equipes tradiocionais do nosso futebol estão de fora do cenário esportivo, e por consequência, as cidades também.
Defendo um campeonato com 16 equipes na A e 16 na mas já ficaria satisfeiro com 14 equipes em cada divisão, o que daria o acréscimo de mais duas partidas na primeira fase.
Pode paracer simplista o anseio de acrescentar mais duas equipes, aumentado apenas mais dois jogos, passando de 11 para 13 na primeira fase. Pode ser simplista para quem possui calendário para o ano todo, mas para nós do interior a realidade é outra, e só nós sabemos as dificuldades que encontramos. Se tem uma expectativa melhor ao buscar patrocínio no mercado local para um número maior de jogos, gerando emprego, renda não só para os Cronistas Esportivos, mas para atletas e comissões técnicas.
Na últumima TERCEIRONA mineira em que a Federação insiste em chamar de segunda divisão, nós tivemos duas emissoras de Sete Lagoas (Cultura e Eldorado) acompanhando o Democrata, duas de Nova Serrana (Industrial e Liberdade) acompanhando o Nacional, uma de Patrocínio (Difusora) acompanhando a Patrocinense, uma de Juiz de Fora e outra de Santos Dumont (Rádio Cultura) acompanhando o Sport.
O Sport-JF foi um um bom exemplo dessa movimentação com o aproveitamento de bons jogadores que estavam no Tupi, e, com o Tupi sem atividade, estiveram em ação, disputando uma competição oficial.
Com o número reduzido de participantes nos Módulo 1 e 2, equipes tradicionais do nosso futebol:
Valeriodoce (Itabira), Democrata (Sete Lagoas), Fabril (Lavras), Esportivo (Passos), Paraisense (São Sebastião do Paraíso), Social (Cel Fabriciano), Rio Branco (Andradas), Esportiva (Guaxupé), Nacional (Uberaba), Trespontano (Três Pontas), Ideal (Ipatinga), Alfenense, Varginha e Pouso Alegre estão fora do cenário esportivo mineiro.
No campeonato Carioca que tem Fluminense, Flamengo, Vasco e Botafogo, são 16 participantes e no campeonato Paulista que tem São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos, são 20 participantes e oito classificados para a segunda.
Minhas sugestões:
Com ela vamos ter mais equipes em ação, mais atletas, comissões técnicas, árbitros e jornalistas trabalhando.
Campeonato Mineiro 2012
Série A = 14 equipes (Patrocinense e Tricordiano estão prontos para a disputa)
Como financiar esses dois times?
Simples: Tirando 03% da verba da tv de cada clube, inclusive federação, e repassar aos 02 times.
01 - Cruzeiro (Belo Horizonte),
02 - Atlético (Belo Horizonte),
03 - América (Belo Horizonte),
04 - América (Teófilo Otoni),
05 - Villa Nova ( Nova Lima),
06 - Tupi (Juiz de Fora),
07 - Caldense (Poços de Caldas),
08 - Uberaba,
09 - Guarani (Divinópolis),10 - Democrata (Governador Valadares),
11 - Ituiutaba,
12 - Nacional (Nova Serrana),
13 - Patrocinense,
14 - Tricordiano (Três Corações).
Série B = 14 ou 16 equipes, com duas chaves de 07 ou 08
01 - Ipatinga,
02 - Funorte (Montes Claros),
03 - URT (Patos de Minas),
04 - Uberlãndia,
05 - Formiga,
06 - Tombense (Tombos),
07 - Mamoré (Patos de Minas),
08 - Poços de Caldas,
Demais vagas serão preenchidas pelos 06 ou 08 melhores da Série C.
*Um cidadão nascido na zona rural do município de Palma e com muito orgulho pela origem, humilde, mas digna.
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